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RELEASE: WORKSHOP VENCENDO NA CRISE
O que os mais diferentes empresários, de ramos completamente distintos, fazem e recomendam para driblar a crise.
Foi realizado no dia 25 de julho o workshop Vencendo na Crise, organizado pela ESIC Business & Marketing School, no qual quatro empresários, de ramos diferentes, contaram suas experiências e teceram sugestões sobre como obter sucesso em tempos difíceis.
Organizado em duas etapas, primeiramente o evento contou com uma breve apresentação de cada um dos palestrantes, e depois foi aberto para perguntas e debate aberto para os mais de 250 pessoas, a maioria composta por empresários. A ESIC selecionou o tema após realizar consultas e pesquisas e observar que hoje este é o maior foco dos empresários em geral. Veja a seguir, em ordem alfabética de empresas, o que cada um dos empresários palestrantes recomendou ou respondeu à plateia:
AUSLAND: Victor Kroeger, Diretor Presidente e fundador da maior fabricante de ERP do estado e de outras empresas, empreendedor nato, deu uma verdadeira aula sobre crise. Ele usou toda a experiência de quem atua há 25 anos numa área na qual as mudanças – e a mortandade das empresas – atingem níveis dos mais elevados. Victor começou a palestra lembrando algumas das crises internas que enfrentou e listou as principais crises externas à sua empresa:
- 1990: Plano Collor – Confisco (NCz$ 50 mil = Cr$ 50,00)
- 1994: Plano Real – Conversão UFIR x Real
- 1999: Crise Cambial – Fim da paridade Dólar/Real
- 2002: Eleição de Lula – Carta aos brasileiros
- 2005: CPI do Mensalão – Corrupção (projeto de poder)
- 2008: Crise Internacional (Crash BOVESPA, Consumo)
- 2015: Crise Dilma – Recessão, inflação, desemprego
“O sistema capitalista caracteriza-se por períodos de Crescimento, Recessão, Contração e Revitalização, nos quais se alternam climas de Otimismo e Pessimismo”, explicou Victor. Ele destacou a importância de manter o controle emocional nestes momentos, até para que toda a empresa possa ser motivada e dirigida. Lembrou que esta não é a primeira nem será a última crise pela qual passamos, destacando que este momento representa também uma oportunidade para melhorar a empresa, muda-la e estar mais bem preparado para a próxima fase, que se seguirá com o fim da Crise. A proposta feita por Victor foi muito bem estruturada em três aspectos distintos:
Sobrevivendo na Crise (a lição de casa) | Superando a Crise (mantendo a saúde) | Vencendo na Crise |
Corte de Custos: Não se pode gastar mais do que se ganha, mesmo com reservas robustas;Otimização dos Recursos: Produtividade, eficiência, desperdícios, corte de supérfluos;Corte nas Margens: No início de uma crise, é preciso sobreviver à guerra de preços;
Gestão da Inadimplência: Com crédito caro, é imprescindível administrar muito bem o fluxo de caixa;
Reduzir Endividamento: O maior motivo das falências são dívidas que poderiam ser equacionadas se atacadas em tempo. | Foco em Vendas: Marketing e Comercial precisam estar no centro das atenções do empresário/executivo;Linha de Produtos: Atenção aos produtos e serviços que serão cortados no consumo dos clientes;Produtividade: Investimento em tecnologia e melhoria na qualificação de pessoal (hora do empregador);
Cuidar da Carteira: Em tempos de crise, sua atual carteira de clientes é seu maior ativo;
Conhecer sua Empresa: Números confiáveis e conhecer o seu negócio: “O olho do dono”; | Reinventar sua Empresa: Nova política comercial, novos produtos, diferenciação da concorrência;Atacar a Concorrência: Concorrentes podem estar enfraquecidos e com flancos abertos para ataque;Nichos de mercado: Em nichos a concorrência é menor e podem não estar sendo tão afetados pela crise;
Inovação: Evite o efeito manada: “Quando todos plantam batata, plante milho”;
Foco no Foco: Sua missão é promover a realização do seu cliente portanto, olhe para onde seu cliente está olhando; |
CONTEÚDO SOB DEMANDA/ BLOGOLÂNDIA: Edgar Fernando Correia, Sócio e Fundador, também é empreendedor nestas e em outras empresas. Ele lembrou que a Blogolândia foi criada justamente em meio à Crise de 2008, já em 2009 batia recordes de resultado para os sócios e para seus clientes: “temos alguns dos melhores sites e mídias sociais do país, com mais de 7 milhões de acessos por mês”.
Edgar complementou que a Conteúdo sob Demanda foi criada em 2014, portanto em meio a uma nova onda de Crises. “A crise é real, devemos tomar medidas para nos ajustar, mas não podemos permitir que o clima negativo, muitas vezes amplificado por alguns, possa prejudicar os negócios. Sem cabeça fria, fica muito mais difícil, talvez até impossível sair da crise.”
Um dos destaques do pessoal da Conteúdo foi lembrar que além da crise interna pela qual o país passa, há outras estruturais, de ruptura tecnológica, pelas quais estamos passando. Ele destacou que um livro muito polêmico lançado em 1998 por All Ries e intitulado “O Fim da Propaganda” já demonstrava que a mídia tradicional (com destaque para a televisão) seria substituída, em grau de importância, por novos e múltiplos meios, o que já foi confirmado no relatório Global Brands elaborado em 2005, no qual os maiores anunciantes do mundo haviam reduzido seus investimentos em Televisão, de 80 para menos de 50%.
“Muitas vezes as empresas deixam de investir em marketing e vendas, acarretando o verdadeiro ciclo de recessão, corte de custos, queda de qualidade, uma coisa levando à outra”. E completa “… mas não adianta simplesmente desenvolver sites e mídias sociais, aproveitando a tendência de qualquer forma. Há verdadeiros absurdos no marketing digital/web, milhares de empresas se preocupando com a “casca”, mas sem conteúdo algum. É por este motivo que nos associamos a empresas dos EUA e Canadá e criamos a Conteúdo sob Demanda para atender à este novo nicho de mercado e melhorar o resultado das empresas na web.”
Edgar destacou que o Marketing de Conteúdo gera três vezes mais clientes potenciais (também conhecidos no jargão de mercado como Leads ou Prospect´s), e custa em média 62% a menos, tomando por base não apenas a sua experiência pessoal, mas também uma pesquisa publicada pela Hubspot. Por fim, concluiu que uma crise no Brasil é “como o voo de uma galinha”, sobe, desce, bate as asas mas não voa como outras aves. E nós empresários já aprendemos a conviver com problemas e falta de apoio neste ou naquele governo. Aprendemos a nos virar. Ele concluiu recomendando outros cuidados em épocas de crise:
- Na crise, aumente o controle e fique atento a transformações no mercado;
- Tenha a melhor equipe
- Gerencie os seus indicadores de desempenho dia a dia;
- Não deixe de investir em ações que atraiam clientes;
- Visualize novas possibilidades de produtos e serviços. Foi assim que surgiram a Comprinhas e a Conteúdo sob Demanda;
- Reinvente-se. Tudo muda. Acompanhe a evolução.
GRUPO MADALOSSO: Beto Madalosso, fundador da Forneria Copacabana e integrante da família que controla também as marcas Anello, Madalosso (o maior do Brasil e um dos maiores do mundo em número de clientes), Velho Madalosso, Paniciello, Mezzanotte, Famiglia Fadanelli e outros estabelecimentos deste e de outros ramos de atuação, fez um relato muito pessoal, direto e honesto sobre sua experiência – e de sua família – convivendo e sobrevivendo nas mais distintas crises.
Pragmático, Beto explicou que não fez um plano de negócios antes de abrir seu estabelecimento. Ele acredita que a presença do dono, ainda mais em momentos de crise, é vital e faz a diferença. Também explicou que, ao menos no caso de restaurantes, o conceito do negócio precisa ser revisto e ajustado, o que pode demandar um período médio de até dois anos.
O proprietário do Copacabana comentou que está enfrentando esta crise justamente em meio ao lançamento da 2ª filial, o que poderá atrasar seus planos de expansão da rede. “Até o prédio em que estamos deveria ter umas 1.000 pessoas trabalhando, criando muitos clientes potenciais. Mas hoje, temos menos de 300 pessoas, além de outras dificuldades a superar e que não estavam previstas”.
Beto destacou a importância de se trabalhar naquilo que se gosta, pois “nos ajuda a enfrentar momentos difíceis”. Como os demais empresários, destacou a importância do controle emocional e a fuga a modismos, defendendo a adoção de medidas específicas para cada caso. Destacou a importância da concorrência e a necessidade da melhoria continua. Comentou que está adaptando alguns itens do cardápio, mas que prefere substituir um prato e manter a qualidade do que alterar um ingrediente por outro, de menor custo. Explicou que reduziu o quadro do novo estabelecimento, porém de forma criteriosa e num nível controlável de apenas 20%. Dentre seus conselhos para enfrentar a crise, destacou:
- Falam muito em se “reinventar” numa crise. Tem que tomar cuidado com isso porque muitas vezes estamos consolidados e estabelecidos. Mude operacionalmente, melhore, mas cuidado para não perder o foco e o posicionamento;
- Dizem para sermos criativos. Isto é vital, mas é mais fácil para quem está há pouco tempo no mercado;
- O mercado está parado. Esse é o momento de melhorar a gestão. Cortar custos e sair fortalecido.
- Claro que temos que pensar em vender mais e pra isso tomamos ações de marketing, estratégias de preços e produtos. Mas, por termos uma clientela consolidada, devemos ser cautelosos;
- Minha principal missão é trabalhar a autoestima de cada um dos colaboradores, de mostrar pra eles que existem muitas possibilidades no mundo, que não existem limites – e não falo da minha empresa, falo deles como indivíduos, seu desenvolvimento e carreira;
- O mercado tem sido claro: nada vai mudar muito nos próximos dois anos. É hora de pensar em como vender mais sem investir, como otimizar a mão de obra, como melhorar controles, como se tornar cada vez mais profissional. A crise, no futuro, será vista como um mestrado para aqueles que sobreviverem.
Beto concluiu abordando algumas mudanças que está fazendo no seu estabelecimento, para adaptar-se à crise: “No meu caso coloquei um DJ em alguns dias da semana, pra atrair clientes para depois das 23 horas e estender o tempo de consumo, sem mudar o perfil do restaurante. Também estou me associando a um interessado em abrir delivery de pizzas do Copacabana, licenciando nossa marca, o que não gera novos investimentos para o meu negocio. Pequenas ações como não cobrar estacionamento no período do almoço e não cobrar rolha para clientes que trazem o próprio vinho também foram implementadas”.
NEO PRODUÇÕES/GOOGLE: Último a palestrar, Betto J. Mafioleti, executivo da Neo, representante Google dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para o produto Google Business View iniciou sua apresentação comentando sobre como estão enfrentando a crise baseando-se nos estágios de consideração do seu público alvo. São quatro palavras que representam o conceito (SEE, THINK, DO e CARE), conforme amplamente comentando no último evento Mobile Day do Google:
- SEE (Awareness): Maior Audiência Qualificada Possível. Ex: Pessoas que usam roupas.
- THINK (Consideração): Maior audiência qualificada possível com alguma intenção de compra. Ex: Pessoas que usam roupas e pensam que devem precisar de mais roupas em algum momento.
- DO (Comprar): Maior audiência qualificada possível com muita intenção de compra. Ex: Pessoas que usam roupas e estão querendo comprar mais agora. É a audiência mais desejável do mundo.
- CARE (Fidelização): São seus consumidores fiéis. Ex: Aqueles consumidores que compraram mais de duas vezes da sua empresa.
Betto explicou que “para cada um desses estágios de consideração, você precisa escolher os formatos de anúncio certos e a mensagem apropriada”. E isto vai ficar cada vez mais importante porque metade dos views do Youtube já acontece no mobile? São dois bilhões de views diários no celular. É um ótimo veículo para alcançar a audiência mais ampla possível.
Neste momento de crise, o executivo lembrou que 49% dos consumidores visitam de 2-4 vezes um site antes de comprar. É uma oportunidade incrível de dar um desconto especial, um tratamento vip e convencê-los a fechar uma compra.
Betto apresentou o novo produto Google Business View, que permite navegar por dentro da empresa, da mesma forma como hoje fazemos no Street View, do Google Maps. É mais uma ferramenta destinada a gerar leads qualificados, diferenciar sua empresa do concorrente.
A conclusão, sobre a crise, destaca os seguintes pontos:
a) Toda crise tem seu ciclo, começa e termina. Prepare-se para ficar melhor, quando a crise passar;
b) Administre sua motivação e de sua equipe. Já há muitas pessoas com notícias negativas, produza bons fatos;
c) Reinvente-se. Observe o que há de novo no mercado, o que os clientes desejam e que a concorrência ainda não está fazendo;
Betto é o mais jovem entre os empresários presentes a lançar novos negócios em meio à crise. Indagado se está sendo difícil, Betto destaca que muitos clientes suspenderam investimentos no começo de 2015. Mas destacou que muitos outros passaram a investir mais justamente para superar o momento difícil. O desafio é sempre encontrar estes clientes.
A instituição
Ranqueada entre as melhores Escolas de Negócios da América Latina pela Revista Exame (2012), a Faculdade Internacional ESIC Business & Marketing School, é um Centro Universitário Privado com sede em diversas filiais na Europa e instalada no Brasil, em Curitiba, desde 2001.
Com mais de 50 anos de tradição, a instituição oferece formação na área de negócios baseada em altos padrões internacionais. Por isso, inglês ou espanhol para negócios são disciplinas obrigatórias na grade curricular. Além disso, os alunos ESIC contam com a opção de estudar um ano letivo na Europa, na sede da instituição em Madrid, na Espanha.
Além da graduação, também são oferecidos diversos cursos de pós-graduação Master´s e MBA´s, Formação Executiva In Company, Missões Empresariais e Módulos Internacionais.
Mais informações sobre a instituição no site www.esic.br ou pelos telefones (41) 3094.7777.